"Fragmentos de cartas, poemas, mentiras, retratos"

7 de julho de 2010

a dança das estações

Vem sem medo a meus braços, meu amor. Que a tristeza não vai mais espreitar pelos cantos e apertar assim o peito. Fica assim, aqui perto, que o teu cheiro me faz seguro, teu calor me protege e teu corpo me cura o vazio.

Pra que brincar de ter razão? É besteira não querer errar e é tolice demais curtir a dor. Deixa pra lá tudo isso e vem dançar a dança das estações.

Ah, tenta não ligar pra essa gente chata e sem graça. São tolos demais esses mortos cegos e adultos.

Gosto de te ver rindo e da riqueza das coisas simples que guardo qual tesouros. E a beleza está em não ter pressa. Que corremos demais, meu amor, e é hora de parar, deitar na grama, falar só besteira e rir da vida.

Ah, deixa isso pra lá que esse mundo é todo errado. Fica perto então que tanta solidão já feriu demais.

Vem dançar a dança das estações.

(dance of days)

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